Nov 7, 2011

UM POCO DE MUERTE A LOS VIVOS


Acho que o primeiro contato que tive com a cultura mexicana foi com um disco que meu pai tinha dos Mariachi, disco duplo que não sei que fim levou.
Depois disso, a coisa mais próxima foi quando conheci um pouco mais dos chicanos de Los Angeles, que, na real não curto muita coisa, mas tenho grande respeito, e claro, os tacos, os burritos e os doritchos...
Mas como qualquer cultura, quando sai do lugar de origem se torna uma outra coisa.
Quando recebi o convite de vir para o México e pintar exatamente no dia de los Muertos com Dr. Lakra, o que pensei foi nessa fixação que tenho pelo obscuro, não muito mais que isso, ou isso já é o suficiente.
Como tem acontecido nas ultimas viagens, tenho deixado com que o lugar me leve a fazer algo, o mais natural possível e não estudar o que é o lugar, parei um pouco com isso, e posso dizer que estou cada vez mais feliz com o meu trabalho.
Para meu espanto, acredito que nunca me identifiquei com uma cultura igual tem sido com a mexicana. Sinceramente, não sei descrever a energia que rola aqui, e o negócio é do capeta, literalmente.
A cidade de Oaxaca equivale a San Francisco para os americanos, é berço de grandes artistas especialmente na área gráfica. A cidade parece fluorerescente de cores tão intensas contrastada com o macabro, imagens tradicionais das calaveras que hoje se mistura ao Halloween, e essa coisa do Peyote, na boa, neguinho fala de psicodelia americana, a coisa natural é aqui, ta estampado em tudo e em todos.
Eu não sou de escrever muito, também falo muito pouco... Mas eu gosto de lembrar das coisas, e mesmo gostando de fotografar, talvez as coisas mais importantes deixei de registrar, mesmo estando com a câmera a ponto de bala... assim mantenho minha memória mais ativa...e claro, sinto que escreveria muito mais que o meu normal sobre os poucos dias no México.
Como em todas as cidades que tenho ido, tenho feito registros dos cemitérios, aqui, honestamente, de tão natural que é a relação de morte e vida, vejo que é mais importante registrar a festividade popular deste tema que agente considera algo tão triste, é uma sensação muito louca pela naturalidade... lembro de uma pergunta que minha namorada me fez antes de viajar... sobre o que eu esperava desta viagem ... Respondi, não sei exatamente, mas sei que vai ser um divisor de águas...

2 comments:

thais beltrame said...

gracias por compartilhar! emocionante,o texto e as imagens.

Teddi said...

your photos are intriguing!